Physical Address
304 North Cardinal St.
Dorchester Center, MA 02124
Physical Address
304 North Cardinal St.
Dorchester Center, MA 02124
A maternidade é feita de momentos intensos e únicos — e um dos primeiros grandes marcos após o parto é a descida do leite. Para muitas mães (como eu!), esse momento pode gerar dúvidas, desconfortos…
Vamos conversar sobre o que é essa descida, como funciona a amamentação, os seus benefícios e dicas práticas que realmente ajudam.
A descida do leite — ou apojadura — é o momento em que o corpo deixa de produzir apenas o colostro (o primeiro leite rico em anticorpos) e começa a produzir leite maduro, geralmente entre o 2º e 5º dia após o parto.
Os sinais mais comuns que senti (e muitas outras mães também):
Tudo isto é normal e significa que o corpo está a trabalhar direitinho para alimentar o bebé. 💪
Amamentar é muito mais do que alimentar. É um ato de conexão, proteção e amor.
Nem sempre a amamentação é simples — e não há vergonha nisso.
Fissuras, mastite, pouca produção, dor… tudo pode acontecer.
O importante é não te culpares, procura apoio e lembra-te: o teu amor não se mede pela quantidade de leite, mas pela tua entrega diária como mãe. 💗
Quero partilhar um bocadinho da minha experiência com a amamentação como desabafo. Porque nem sempre as coisas acontecem como idealizamos… e tudo bem.
No primeiro dia em casa com o meu bebé, percebi que algo não estava a correr bem. Ele mamava praticamente o tempo todo e chorava imenso. Estava desesperado de fome e o meu peito não tinha ainda leite suficiente. Só havia colostro — aquele ouro líquido tão valioso — mas em quantidades pequenas. E o meu coração começou a apertar.
Como era tarde e as lojas iam fechar, tomei uma decisão difícil mas necessária:
comprei uma fórmula. (NAN)
Foi com lágrimas nos olhos que dei aquele primeiro biberão. Não era o plano. Mas naquele momento, era o que o meu bebé precisava: alimento, conforto, alívio. E eu só queria vê-lo tranquilo.
Comprei também uma bomba de leite e comecei a estimular o peito com o bebé e com a bomba. Aos poucos, o meu leite começou a aumentar.
Eu podia ter continuado.
Fisicamente, tudo estava a alinhar-se. Mas… a minha mente estava exausta.
O peito enchia e doía muito. Começava a escorrer leite pelos mamilos mesmo entre mamadas. Sentia-me desconfortável, sobrecarregada e frustrada. A pressão de “ser suficiente” misturava-se com a dor física e com o cansaço das noites mal dormidas.
E aí percebi:
A amamentação não pode ser só sobre o corpo.
Tem de incluir a cabeça, o coração… e a saúde mental da mãe.
Com paciência, apoio e muito colo, fomos encontrando o nosso ritmo. Hoje olho para trás e percebo que a amamentação foi uma das partes mais transformadoras da minha maternidade. 🌸
Se estás a viver essa fase ou prestes a passar por ela, lembra-te:
o teu corpo é incrível, o teu instinto é forte e tu és capaz.
Com carinho,
Elvira 🌷